Capítulo 1

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Tema de Leitura

Capítulo 1

Eu sou Koji

Acima do céu está o paraíso, ou pelo menos é o que a maioria das pessoas acreditam, porém qualquer um que olha para o céu tem sua mente fértil desperta.

O que existe após o azul celeste?

O que está no fundo do preto celestial?

A quantas estrelas no céu?

Perguntas que pessoas mortais fazem, afinal um mortal quer se tornar um imortal, o simples desejo de cuidar da saúde, da estética, está relacionado a busca pela longevidade, ou em algumas das vezes é apenas pela ganância de receber elogios, nunca se esqueça ser mortal é a ânsia de alcançar um sonho e o tédio de o ter conquistado.

Mas isso não é diferente para seres imortais, acima do azul celeste e no fim do preto do céu noturno, acima de um planeta mortal, bem distante dos céus azuis, onde apenas o preto esconde o verdadeiro caos da criação, repousa o que os mortais chamam de divindades.

Porém até mesmos os deuses podem sangrar e morrer, e isso não foi diferente para mim, um governante supremo, líder de um clã que dominava um setor inteiro, um ser invejado por muitos.

A 200 bilhões de anos atrás na guerra setorial entre o céu e a terra eu fui traído e pereci, bom foi isso que eu queria que todos pensassem, mas utilizando um dos tesouros proibidos que eu mesmo encontrei eu consegui entrar no rio do tempo e da reencarnação, e assim pude ser esquecido, mas jamais imaginei que depois que eu reencarnasse eu nasceria em um período tão caótico.

Descobri que um governante conhecido como o governante da criação, um nome audacioso, por sinal, apoiado por muitos seguidores selou o décimo setor, por 100 bilhões de anos, um número impossível de pensar para um simples mortal, mas para as divindades, isto era apenas 100 ciclos cósmicos, um pouco menos da metade da vida de um governante.

Mas como eu nunca tive um dia de paz, renasci justamente no período em que e o selo foi quebrado, todos os nove setores se uniram para erradicar o décimo setor e coletar seus tesouros, no mesmo momento em que minha mãe deu a luz a mim!

Pelo menos eu nasci em um clã de segunda categoria no setor do trovão um dos quatro setores colaterais do cosmo, e mesmo que o segunda categoria deste planeta não seja o mesmo que em um planeta superior, ainda é um clã com linhagem ocular, e me permitira usar novamente a previsão divina.

Como renasci com todas as minhas memorias antigas, e todo o meu conhecimento, desde cedo eu prestei a atenção em tudo ao meu redor, e em uma destas observações eu fiquei assustado — sim um ser reencarnado que um dia já foi considerado uma divindade — pela conversa de meu avô e pai falando sobre crianças que caiam do céu em meio a raios poderosos!

Parecia o tipo de história que contava para uma criança dormir, mas não era! Segundo meu avô este evento iniciou um ano após o selo do décimo setor ser quebrado, assim como os portais nos setores cardeais.

Segundo as previsões divinas dos grandes clãs, as crianças foram um presente do caos primordial, a energia ancestral que criou tudo, e que os clãs que recebessem estas crianças seriam prósperos.

Lentamente o tempo passou e logo cheguei ao meu quarto ano, e já conseguia fugir da escola para poder apreciar o melhor desta vida, fui classificado com um gênio pelo meu clã, apenas por possuir uma raiz espiritual celestial de classificação roxa, eu não sabia se ria ou chorava, afinal não era nada comparado a minha antiga vida em que possuía uma raiz espiritual divina mutante.

Mas como nem tudo eram flores hoje eu levei uns tapas de minha mãe, só porque ela não gostou do que eu fiz.

— Poxa, eu só dei uma espiadinha, sou o segundo filho, minha irmã mais velha não quer saber de cultivar, meu pai é o próximo líder do clã, e minha mãe ainda fica brava comigo! — Era o que eu pensava naquele momento, porém não percebi que a felicidade estava estampada em minha cara enquanto esfregava as minhas mãos.

— Ogashiro Koji! Você acabou de apanhar de sua mãe e ainda está querendo fazer arte de novo?

— Papai, eu não fiz nada!

— Nada?

O garoto fez uma cara de safadeza.

Naquele mesmo momento a porta de bamboo da entrada da casa bateu fazendo um enorme Booommm!

Uma mulher linda, mas furiosa entrou com o rosto vermelho, ao perceber minha mãe nervosa fiz olhos de piedade e cara de choro em uma tentativa de não irrita-la novamente.

Ploft!

O som de um tapa no rosto ecoou por toda a sala.

— Querida o que eu fiz?

— O que você fez? Ainda pergunta?

— Eu não estou entendendo querida, eu cultivo diligentemente, faço tudo para você, faço todos os seus gostos mesmo assim não entendo o que fiz para você me tratar assim!

— Você! Ainda não sabe?

— Por favor querida esposa me ilumine!

Então minha mãe apontou para mim sentado no tapete!

— Você poluiu a mente do pequeno Koji!

Meu pai fez uma cara de espanto, e levantou as mãos a altura dos ombros fazendo sinal de desentendido e depois falou:

— Como assim eu o poluí?

— Quando ele era ainda um bebezinho, você ficava falando para ele crescer bonito e forte e assim conquistar um monte de namoradas, você se esqueceu?

— Mas o que que isso tem de errado?

— O que que tem? Apenas este mês eu já fui duas vezes na escola pois o Koji, fugiu da aula e foi espiar pela fresta do muro de madeira na casa de banho!

O pai fez uma cara de pavor e então ele olhou dentro dos meus olhos.

“Essa não meu pai vai me matar” aquele olhar me fez sentir um arrepio no fundo da sua alma, arrepiando toda a coluna.

Mas na sequência eu arregalei os olhos, encarando meu pai.

Aquela cara de maldade do pai, tornou-se amigável, e um polegar para cima estava à frente do enorme sorriso que ele deu, e então uma frase saiu daqueles lábios sorridentes.

— Quem bom que meu filho tem bom gosto, esse é meu garoto! Disse Ele.

Mas naquele momento, a alegria do homem durou pouco, com um chute minha mãe o mandou voando para trás, o homem foi arremessado através do shōji e caiu no lindo jardim com o nariz sangrando.

E foi ali, naquele tapete que eu senti um medo que não sentia a muitos ciclos cósmicos, um olhar de um tigre que olha para presa, e então o olhar de minha mãe se encontrou com o meu. Ela deu um passo para a frente e chutou a mesa que tinha a xícara de chá.

— O filho entende a mamãe, o filho promete ser bonzinho e nunca mais fazer isso!

Ouvindo isso ela sorriu e passou a mão em minha cabeça.

— Isso não pode ser feito meu filho, um homem jamais deve espiar uma mulher tomando banho, espero que entenda isso, se não entender sua mãe irá fazer de você um eunuco, tudo bem?

Instintivamente segurei meu falo com as duas mãozinhas e comecei a chorar.

— Que bom que você entendeu meu filho.

Após aquele incidente eu não voltei a ter tantos atos perverso, não naquele momento.

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